Fundador da igreja universal é acusado de lavar dinheiro
Edir Macedo e mais nove pessoas são acusados de desviar dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus para compra de empresas. .
O Ministério Público acusou Edir Macedo e seus comparsas de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia por acreditar que Edir já desviava dinheiro a mais de dez anos. As investigações já vêm sendo feitas há dois anos quando fiéis que se sentiram lesados realizaram a denúncia.
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Segundo o Ministério o dinheiro doado para a igreja não era utilizado para fins de caridade e manutenção dos templos e sim para fins próprios. Ficou provado que os acusados aproveitaram da imunidade tributária concedida pela Constituição a templos de qualquer culto, para arrecadar dízimos e contribuições para investir em bens particulares.
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Empresas como a Cremo e a Unimetro Empreendimentos, que são sediadas na cidade de São Paulo, foram criadas como empresas de fachada para lavar parte dos 1,4 bilhão arrecadados por ano na igreja. Segundo um dos acionistas da TV Record que foi comprada em 1992 por 20 milhões de reais, a rede também faz parte dos bens que foram adquiridos com o dinheiro das ofertas.
Uma gravação onde Macedo ensinava a amigos como arrancar dinheiro de fiéis foi anexada ao processo, segue abaixo um trecho da gravação:
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“Você tem que chegar e se impôr. ‘Pessoal, você vai ajudar agora na obra de Deus. Se você quiser ajudar, bem, se você não quiser ajudar, Deus vai me dar outra pessoa pra ajudar. Amém’. Entendeu como é? Se quiser ajudar, bem, se não quiser, que se dane! Entendeu como é? Não pode ter vergonha, timidez. Peça, peça, peça. Se tem um que não dê, vai ter um montão que vai dar”.
Entre os envolvidos na “roubalheira” de Edir estão: Honorilton Gonçalves, hoje vice-presidente da TV Record; João Batista Ramos da Silva, integrante da igreja e ex-deputado federal; Jerônimo Alves Ferreira, executivo do Grupo Record; Alba Maria da Costa, diretora de finanças da Rede Record e outros diretores e ex-diretores de empresas ligadas ao grupo Universal: Osvaldo Sciorilli, Edilson da Conceição Gonzáles, Veríssimo de Jesus, João Luis Dutra Leite, Mauricio Albuquerque e Silva.
As falcatruas realizadas pelo fundador da Igreja Universal levam os fiéis do templo a ficar descrentes das intenções de outros lideres. Os roubos absurdos e a “cara de pau” de todos esses acusados levam obviamente a crer que nem nos templos de Deus pode-se confiar em todo mundo.
Por Carlos Melo
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