Comida, diversão e arte
É sabido que o Brasil tem um caso de longa data com projetos de desenvolvimento social. Estes programas foram criados para vários públicos e fins, como as necessárias bolsas famíla e escola, e as supérfluas, como a bolsa-paletó, a que deputados, senadores e toda uma categoria de políticos têm direito. Sem falar em outros tipos de auxílio que correm no alto escalão, mas que não vêm à público por razões óbvias. Em meio à sua coleção de várias formas e tamanhos, o país adquire mais uma bolsa, desta vez destinada à prateleira que atende o povo: É o Vale-cultura, projeto de lei da Câmara dos Deputados, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta última quarta-feira (2/12). Trata-se de um benefício de R$ 50,00 mensais destinado aos trabalhadores, que poderão usá-lo para adquirir bens culturais, como por exemplo: teatro, cinema, shows, museus, livros, CDs e DVDs, entre outros.Assim como na famosa música dos Titãs, o programa vem atender a um anseio da população que deseja "comida, diversão e arte". Este benefício será viabilizado por meio de cartão magnético e não será convertido em dinheiro. Para incentivar a disseminação do programa, o governo dá o direito à dedução de até 1% no imposto de renda, para as empresas privadas e do serviço público que adotarem o Vale-Cultura para seus funcionários. O programa também prevê que as empresas que concederem o cartão aos seus funcionários terão direito a deduzir até 1% no Imposto de Renda. O desconto para o funcionário poderá ser de até 10% do valor do vale, ou seja, de R$ 5. Mas nem tudo são rosas na aprovação deste projeto. Alvo de críticas, ele ainda segue para votação no plenário e é acusado de ser mais um projeto oportunista, às portas da eleição presidencial. Outros o vêem como mais uma saída para o subsídio e renúncia fiscal, embalada pelo discurso de democratização do acesso à cultura.
Caso seja aprovado, cabe às empresas optarem por incluir este benefício no seu quadro ou não, mas o Ministério da Cultura mostra-se otimista ao esperar um aumento em até R$ 600 milhões do consumo cultural mensal do Brasil. Com esta iniciativa, a classe artística será atendida, com uma maior rotatividade de renda e abertura de novas oportunidades no setor cultural.
Por Juliano Mendes da Hora
Foto: Divulgação
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Bolsa-família e Vale Cultura. Não falta mais nada, agora sim temos a política do pão e circo \o/