Travestis podem usar nome feminino na “chamada da escola”
Raimundo Nonato Mota do Nascimento, de 33 anos, ingressou no inicio do ano na Escola Estadual Deodoro de Mendonça, em Belém (PA). Com medo de ser alvo de preconceito, Raimundo só ficou calmo quando foi chamado de Rayssa Mota do Nascimento, pelo professor. O estudante que já havia desistido três vezes de continuar os estudos relata como se sentiu na hora da chamada. "Essa hora era a mais constrangedora. Mas, dessa vez, ninguém percebeu que eu era travesti. Só contei depois", afirma.Pelo menos sete estados tem o intuito de adotar a iniciativa para o ano letivo de 2010. O chamado “nome social” permite que o travesti ou até mesmo transexual utilize o nome feminino enquanto estudar.
Segundo componentes da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), uma das causas da evasão escolar é a proibição do uso do nome social. Grande maioria dos travestis se prostituem por serem vitimas de ações preconceituosas ao assumirem sua identidade feminina.
A associação nacional deu partida na implementação do uso do nome social, com o objetivo de trazer os travestis de volta às escolas. O Ministério da Educação recomendou que todos os estados adotem a medida para que o projeto de certo.
Por Carlos Melo
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